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Cultura da pacificação é defendida por juristas e empresários para reduzir tempo, dinheiro e recursos humanos desperdiçados em ações judiciais.

25/03/2025 - O presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Rafael Cervone, participou na manhã desta segunda (24) da abertura do "III Encontro Nacional: Tratamentos Adequados e Soluções Consensuais dos Conflitos pelo Sistema de Justiça", que aconteceu na tradicional Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, em São Paulo.

O evento foi realizado pelo Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Judiciais (Cebepej), pelo Conselho Nacional das Instituições de Mediação e Arbitragem (Conima) e pelo Fórum Nacional de Mediação (Foname).

O encontro reúne, de 24 a 26 de março, juízes, desembargadores, mediadores, advogados, diretores jurídicos de empresas e membros da sociedade civil.

Após a abertura, foi assinado o Pacto Brasileiro de Prevenção e Mediação de Conflitos. A proposta do encontro é promover debates sobre a cultura da solução pacífica, apresentando iniciativas como as que acontecem hoje no âmbito do Ministério Público.

A abertura contou com o diretor da Faculdade de Direito da USP, Celso Campilongo; com a presidente do Cebepej, Maria Tereza Sadek; com o desembargador aposentado Kazuo Watanabe, com o presidente do Conselho Nacional de Instituições de Mediação e Arbitragem (Conima), Joaquim Muniz, e com a coordenadora do Fórum Nacional de Mediação (Foname), Célia Passos.

Muniz destacou em seu discurso que a sociedade tem lidado com seus conflitos de uma maneira que ele avalia como “patológica" e que somente com a pacificação, o Brasil terá instituições mais fortes.

Nós temos que abrir as portas e as janelas do diálogo e isso é feito pela mediação. Nossa sociedade precisa amadurecer e a mediação tem instrumentos de amadurecimento”, disse.

Para ele, quanto mais mediações houver, mais o Judiciário terá tempo para se dedicar às grandes questões.

Na mesma linha, Cervone, disse que a cultura da pacificação é uma das bandeiras que o Ciesp defende e que isso impacta no desenvolvimento e bem-estar de toda a sociedade.

O Ciesp representa, hoje, cerca de oito mil empresas do ramo industrial no estado de São Paulo. Ele citou como exemplo bem-sucedido nesta área a Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem do Ciesp e da Fiesp, que foi instituída em 1995 e atualmente cuida de 845 procedimentos, como mediação, arbitragem e dispute boards, o que representa cerca de R$ 5 bilhões em disputas que não foram parar no Judiciário.

Nós da indústria entendemos que os Mascs [Métodos Adequados de Solução de Conflitos)] são alternativas ao processo judicial tradicional, que buscam a resolução de conflitos de uma forma mais eficiente, rápida, pacífica e barata. Torcemos muito para que os Mascs escalem para todos os níveis institucionais e para todas as camadas da sociedade”, disse Cervone.