28/06/2024 - A Diretoria Regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) em São Carlos, realizou na manhã de sexta (28/06), a reinauguração de sua sede após obras de reforma e modernização. A cerimônia contou com a presença do presidente da entidade, Rafael Cervone, que aproveitou para fazer uma breve apresentação sobre as iniciativas recentes mais importantes do Ciesp em prol da indústria.
O prédio reformado do Ciesp São Carlos, que está localizado na região central da cidade, dobrou a quantidade de salas disponíveis para o uso dos associados e quer atrair empresários para suas instalações com o intuito de promover mais praticidade para as reuniões de negócios e entrevistas de trabalho, além de estimular o networking.
Antes da reforma, o local dispunha de uma sala de treinamentos e uma sala pequena para reuniões. Agora que o novo espaço foi entregue, são três salas disponíveis para aluguel e uma grande para reuniões e treinamentos. O espaço também ganhou novo piso, teve o teto reformado e passou a contar com novos banheiros com acessibilidade.
O diretor da unidade, Marcos Henrique dos Santos, lembrou que nos últimos anos, o Ciesp São Carlos criou o Núcleo Feminino e revitalizou o seu Núcleo de Jovens Empreendedores, além de manter um terceiro grupo atuante que é focado nas temáticas de RH. A necessidade de mais salas dos próprios grupos do Ciesp, a demanda dos empresários e a nova política da entidade de incentivar a ampliação de serviços acabaram inspirando a ideia da reforma.
Hoje, o Ciesp de São Carlos tem 150 empresas associadas oriundas do próprio município de São Carlos e de mais 11 municípios do entorno: Boa Esperança do Sul, Trabiju, Dourado, Ribeirão Bonito, Ibaté, Santa Rita do Passa Quatro, Porto Ferreira, Descalvado, Pirassununga, Analândia e Santa Cruz da Conceição.
“A gente pretende, com esse espaço aqui, estimular o associado a frequentar a regional. Queríamos criar um espaço que estimule os associados a terem vontade de vir para cá para fazer uma reunião, por exemplo. Por outro lado, também há o caráter de fortalecer a regionalização da entidade, A ideia é possibilitar ao associado de Dourados, Ribeirão Bonito, Descalvado tenha um ponto de apoio na cidade”, disse Santos.
Segundo Santos, o prédio precisava passar por uma modernização, visto que foi construído em 1997 e, desde então, passava apenas por obras de manutenção.
Na próxima semana, os empresários da região vão receber as informações sobre o funcionamento das salas, que não serão destinadas a alugueis de longo prazo. Os associados do Ciesp terão direito a dois vouchers para uso gratuito das salas durante a promoção de “degustação”.
Para Santos, além do networking, a frequência presencial ao prédio pode contribuir com a disseminação das informações de qualidade, que na sua avaliação é o ponto forte do Ciesp para a indústria da região.
A cerimônia de reinauguração contou com uma apresentação da Orquestra do Sesi São Carlos vista por lideranças políticas e empresariais da região. Ciesp, Sesi e Senai-SP aproveitaram para fazer uma breve prestação de contas.
Articulações do Ciesp
O presidente do Ciesp, Rafael Cervone, fechou o evento com um bate-papo em que pontuou algumas ações do Ciesp em prol das indústrias.
Cervone destacou, por exemplo, a atuação forte da entidade que contribuiu para o adiamento da reoneração da folha de pagamento. A entidade se posicionou firmemente contra a Medida Provisória do Governo Federal que reoneraria imediatamente as empresas de 17 setores, tributando a folha de pagamento, o que poderia gerar desemprego em massa no país, na visão do Ciesp. A regra vigente antes previa que a desoneração só terminasse em 2027.
A entidade também tem participado das discussões das leis complementares da Reforma Tributária. O diálogo, segundo Rafael, tem sido permanente com deputados, senadores e até com os próprios membros do Governo Federal, a fim de evitar o que ele chama de “puxadinhos”, que seriam exceções tributárias para alguns setores, que acabam encarecendo a média dos impostos cobrados para toda a cadeia produtiva.
No caso do Estado de São Paulo, mais especificamente, Cervone lembrou que um acordo com o Governo permitiu o uso de créditos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para investimentos.
Segundo ele, a Toyota, por exemplo, tinha projeto de criar uma nova linha de produção no México, mas acabou dando preferência ao Brasil, adotando três linhas em vez de uma, com geração de mais de 2 mil empregos, em vez de 200 previstos inicialmente. Neste caso, segundo ele, o investimento passou de R$ 1,7 bilhão para R$ 11,1 bilhões, sendo que R$ 1 bilhão veio diretamente dos créditos do ICMS para contribuir com o investimento.
A Casa também trabalha em um projeto de desenvolvimento regional junto com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado. A ideia é fazer um mapeamento das novas vocações e potenciais de cada região para colaborar com o direcionamento dos investimentos públicos e privados.
Apesar das conquistas, o Ciesp ainda cobra promessas de campanha feitas à indústria pelo governo estadual, como a extensão do prazo de recolhimento do ICMS. O prazo, segundo Cervone, é baseado em tempos de hiperinflação no país.
“Muitas coisas que a gente faz, em termos de articulação, vocês [associados] não ficam sabendo”, disse Cervone.
O presidente do Ciesp destacou ainda a representação da entidade, por meio da advogada e consultora da entidade Luciana Nunes Freire Kurtz, durante encontro da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que é uma agência especializada da ONU (Organização das Nações Unidas). Segundo o presidente do Ciesp, algumas centrais sindicais haviam denunciado o país pelas condições de trabalho após a reforma trabalhista. Caso a denúncia avançasse, o Brasil ficaria em uma espécie de “lista negra” do trabalho, o que poderia levar o Governo a ter que rever a Reforma Trabalhista, considerada bastante positiva pelo setor industrial. A OIT arquivou o processo.
O Ciesp também tem tido papel preponderante na taxação de produtos importados por meio de e-commerce, o chamado comércio cross border ou transfronteiriço. Após acordo entre o Congresso e o Governo Federal, os produtos com valor acima de US$ 50 (o que equivale a R$ 280 aproximadamente) voltaram a ser taxados em 20%.
O Ciesp entende que a taxação foi um avanço, mas que a discussão precisa ter continuidade em vistas de promover uma real isonomia. Hoje os produtos nacionais pagam 90% de impostos. Ele lembra que a taxação proposta não alcançará a maior parte do consumo brasileiro, visto que o ticket médio de compra não passa de R$ 118.
“Se o Ciesp tem essa força de décadas aqui em São Carlos e região não é por causa da sede na avenida Paulista, não é de lá que a gente sabe o que está acontecendo. Vocês que estão aqui é que trazem as necessidades para nós”, disse Cervone.
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