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Durante sua palestra Macrotendências Mundiais até 2040, Rafael Cervone, destacou aumento da população e de serviços de home care.

21/04/2025 - Durante o 34º Congresso de Presidentes, Provedores, Diretores e Administradores Hospitalares de Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo, o presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Rafael Cervone, chamou a atenção para as ações globais de prevenção a pandemias e para o aumento da demanda por serviços diagnósticos, equipamentos médico-hospitalares e medicamentos. Cervone ministrou a palestra “Macrotendências Mundiais até 2040” na tarde da última quinta (17), em Campinas, durante o congresso, que é considerado o maior do setor de saúde filantrópica do Brasil.

Durante a palestra, Cervone lembrou que o ex-presidente norte-americano Barack Obama, durante seus mandatos (2009-2013 e 2013-2017), fez alertas em diversas ocasiões sobre a possibilidade de pandemias, demonstrando uma preocupação constante com a segurança global em relação a surtos de doenças. O ex-presidente baseou-se na avaliação de históricos e estatísticas, bem antes da crise mundial da covid-19.

Ele alertou que nós não tínhamos uma metodologia para lidar em escala global com uma questão como essa e ainda avisou que se nós não tivéssemos um protocolo bem estruturado, seria cada um por si”, afirmou Cervone.

Segundo o presidente do Ciesp, a Inteligência Artificial e conjuntos de dados extensos e complexos do Big Data permitirão o monitoramento de doenças no mundo. As tecnologias, segundo ele, também serão fundamentais para o desenvolvimento de vacinas mais modernas e medicamentos para microrganismos, como os vírus.

Outra tendência é a da internalização das cadeias de fármacos e produtos médico-hospitalares. A covid-19, na sua opinião, expôs a necessidade de fortalecimento urgente da indústria no setor da saúde do país.

Cervone lembrou que a pandemia de covid-19 aumentou a importância geopolítica da inovação e produção na cadeia de fármacos/medicamentos e de produtos médico-hospitalares. O uso de robôs hospitalares e a fusão de espaços virtuais e reais para a redução no trânsito de pessoas foram alguns exemplos de inovações importantes para o setor hospitalar no pós-pandemia.

Serviços diagnóstico e equipamentos
O presidente do Ciesp também falou sobre o crescimento da demanda por serviços diagnósticos, equipamentos médico-hospitalares e medicamentos.

O mercado global de dispositivos médicos de alta tecnologia tem projeção de crescimento de 29,8% no período de 2017 até agora, em 2025”, disse Cervone.

Em sua palestra, o presidente do Ciesp também falou sobre o envelhecimento da população, o crescimento do setor de home care estimado em 7,9% ao ano entre 2019 e 2027, o aumento dos gastos com saúde, a alta de doenças crônicas e o crescimento das pressões sobre a previdência devido aos déficits.

As preferências do mercado também devem passar por mudanças importantes. A preocupação com saúde e higiene deve aumentar, bem como os sistemas de saúde digital e os testes domésticos de sangue e voltados às infecções. Também haverá mais demanda por saúde personalizada, com testes genéticos, emprego de nano e biotecnologia, dispositivos para monitoramento e diagnósticos remotos, telemedicina e e-farmácia.

Em dois dias, o evento reuniu mais de 1.300 lideranças da área hospitalar. O congresso foi organizado pela Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp).