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Indústria brasileira tem chances de competir globalmente com o uso da Inteligência Artificial, avalia especialista internacional Ronaldo Lemos.

27/05/2024 - A indústria é um dos setores brasileiros com mais chance de competir globalmente a partir do uso da Inteligência Artificial (IA). A avaliação foi feita pelo advogado e professor da Universidade de Columbia Ronaldo Lemos durante o evento “Inteligência Artificial acelerando a Neoindustrialização do Brasil” promovido nesta segunda (27), pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) em celebração ao Dia da Indústria.

Durante sua apresentação, que abriu o evento, Lemos afirmou que a indústria é um dos setores com maior possibilidade de manter a competitividade, visto que é a base para qualquer inovação sustentável e de longo prazo.

“O Brasil pode ser muito competitivo em aplicações de AI [Artificial Intelligence]. A gente não pode desistir de competir, de igual para igual, em relação ao mundo. Eu vejo alguns setores no Brasil como sendo muito possíveis de competirem globalmente”, disse Lemos. De acordo com ele, vários setores brasileiros têm potencial para se sobressairem no mercado mundial, sendo que além da indústria, pelo menos mais três merecem destaque especial. Lemos disse que o agro, por exemplo, pode ser líder na área de visão computacional aplicada. Além disso, o professor também chamou a atenção para a educação e a transformação de serviços públicos. Para ele, o Governo e o Poder Judiciário, por exemplo, podem se beneficiar muito com o uso de AI para melhorar a qualidade da prestação de serviços.

“Inteligência Artificial é uma ferramenta que existe aqui e agora, então aprender a usar é absolutamente essencial. Ficar parado olhando a Inteligência Artificial não é uma opção. É algo que é preciso entender e aprender a usar”, disse Lemos.

Lemos também falou ao público sobre o site “O que queremos da Inteligência Artificial?”. A página, lançada recentemente, foi idealizada por um pool de entidades e visa coletar opiniões de diversos setores produtivos para colaborar com a construção de políticas públicas de forma inclusiva.

O presidente do Ciesp, Rafael Cervone, em seu discurso de abertura do evento lembrou que a Inteligência Artificial já não é mais algo do futuro, mas, sim, uma realidade e que apresenta riscos tanto quanto oportunidades significativas.

“Nós estamos num ponto crítico onde as indústrias que não incorporarem aplicações de IA em suas operações diárias correm o risco de não conseguirem acompanhar os índices de produtividade. Portanto, é absolutamente imperativo que nós estejamos atentos e preparados para integrar novas tecnologias de modo a otimizar nossos processos e a garantir nossa competitividade no mercado”, disse Cervone.

Para ele, é necessário que as indústrias se capacitem, busquem parcerias e invistam em tecnologia não apenas para sobreviver nessa nova Era, mas para prosperar e liderar esse processo, moldando um futuro industrial robusto e inovador para o estado de São Paulo e o Brasil.

“A questão, portanto, não é se devemos adotar a IA, mas como poderemos fazer isso de maneira eficaz e responsável”, disse Cervone, que também citou pesquisa da McKinsey estimando uma movimentação entre US$ 2,6 trilhões e US$ 4,4 trilhões por ano no mundo em decorrência da IA generativa.

O presidente em exercício da Fiesp, Dan Ioschpe, anunciou durante o evento a resolução 013/2024 que cria uma Comissão Especial para tratar do tema “Inteligência Artificial, Políticas Públicas e Empresariais”. “Eu tenho a convicção de que juntos e seguindo com o nosso trabalho, com resiliência, muita energia e consciência de onde estamos e sobre as nossas possibilidades, a gente vai conseguir encontrar esses caminhos todos juntos”, disse Ioschpe.


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