26/06/2024 - O presidente do Ciesp, Rafael Cervone, participou na tarde desta quarta (26), da abertura da 15ª Expobor (maior e principal feira de tecnologia da borracha da América Latina) e Pneushow (único evento mundial com foco exclusivo em reforma de pneus). Cervone fez a palestra de abertura dos dois eventos, com sua apresentação "Macrotendências Mundiais até 2040".
Segundo o presidente do Ciesp, o desenvolvimento sustentável será cada vez mais um dos fatores impactantes para a economia mundial. De acordo com ele, a sustentabilidade já é um dos temas mais presentes nas negociações dos acordos internacionais e nas estratégias empresariais, principalmente, para a redução nas emissões de carbono.
"A cadeia da borracha é super-relevante, está muito presente no nosso dia a dia, desde a forma como a gente caminha, com nossos calçados, até os carros com que somos transportados. Sendo assim, é relevante entendermos as megatendências mundiais e seus impactos nos nossos negócios e nos nossos produtos, como a questão dos materiais avançados, da indústria 4.0, da economia circular. Os produtos podem ser ‘reinventados’, a partir de materiais avançados e reutilizáveis, inclusive, conquistando novas aplicações e novos mercados que hoje não são possíveis”, disse Cervone.
Ele lembra que o Brasil já foi referência mundial em borracha, na época de Henry Ford, no chamado Ciclo da Fordlândia (1927-1945), com uma unidade produtora de pneus na Amazônia usando a borracha natural. Mas frisa que hoje a tecnologia tem expandido o papel do Brasil, mais uma vez, na vanguarda do cenário econômico internacional, com uma matriz energética única e limpa, que permite à indústria brasileira competir globalmente na pegada da economia verde.
A profissional do setor automotivo Teresa Genaro, que assistiu a palestra, afirmou ter gostado do conteúdo por vivenciar na prática aspectos abordados na apresentação.
“A palestra salientou aquilo que a gente trabalha no dia a dia, que é a questão de alinhar a educação com as novas tecnologias, por exemplo”, disse Teresa Genaro.
Já Saulo Pucci Bueno, vice-presidente do Sindibor (Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha e da Reforma de Pneus no Estado de São Paulo) e da Abiarb (Associação Brasileira da Indústria de Artefatos de Borracha), ressaltou que Cervone, além de ser um engenheiro e um industrial experiente, está sempre “antenado” com as novas tecnologias e tendências, conhecimento que agrega valor à sua apresentação. De acordo com ele, o setor de interface de borracha tem uma preocupação muito grande com a questão do meio ambiente e é extremamente demandado por conta desse assunto.
"Nós temos essa preocupação de melhorarmos muito e agredirmos o mínimo possível o meio ambiente e principalmente de pomovermos a reciclagem da borracha em larga escala. O artefato de borracha é um produto extremamente preparado para ser reciclado", disse Saulo.
Para Saulo Pucci Bueno, a borracha tem um futuro "brilhante" pela frente.
Durante a abertura do evento, o presidente da Aresp (Associação das Empresas Reformadoras de Pneus do Estado de São Paulo) , Giulio Cesar Claro, pontuou que as inovações e os avanços tecnológicos ajudam o país a promover a sustentabilidade. Segundo ele, um pneu reformado hoje garante a mesma segurança que um pneu novo, sendo que a redução nos impactos ao meio ambiente pode ser facilmente contabilizada. De acordo com ele, a fabricação de um pneu novo consome 79 litros de petróleo, enquanto um pneu reformado consome apenas 27 litros. Claro também disse que cerca de 26 milhões de litros de CO2 deixam de ser emitidos por ano no mundo todo, em decorrência do uso de pneus reformados.
As feiras têm mais de 145 expositores e acontecem no Expo Center Norte, em São Paulo, até 28 de junho.
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