12/06/2024 - A transição energética é um dos movimentos da economia que merecerão maior atenção de indústrias e lideranças políticas da região de Campinas. Este é um dos diagnósticos feitos pelo estudo “Indústria e Tecnologia na Região de Campinas”, apresentado ao público no dia 12 de junho, por Rafael Cervone, presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) na Campinas Innovation Week.
O estudo foi desenvolvido pelo Decomtec (Departamento de Competitividade e Tecnologia) Fiesp/Ciesp. Segundo Cervone, os combustíveis fósseis, como o petróleo, passarão de 80% para 72% do consumo mundial, entre 2019 e 2030. Hoje o setor de petróleo e biocombustíveis representa cerca de 30% do PIB (Produto Interno Bruto) da região de Campinas, tendo o município de Paulínia como destaque nacional do setor.
Essa tendência de mudanças na matriz energética podem ser significativamente aceleradas por tecnologias disruptivas. Há uma preocupação com a utilização de fontes limpas e renováveis de energia, sendo que o etanol e a biomassa são oportunidades para o Brasil.
Rafael Cervone, Presidente do Ciesp
O estudo apresentado por ele dá algumas diretrizes importantes para o setor, como utilizar mecanismos de financiamento do Programa Nova Indústria Brasil (NIB), desenvolver novos materiais, elevar a eficiência na produção de etanol, estimular a produção de biometano, avançar na produção de etanol de segunda geração e incentivar a instalação de biorrefinarias integradas.
Tecnologia e sustentabilidade
De acordo com o mapeamento, além de petróleo e biocombustíveis, a região de Campinas mantém vocações atuais (consolidadas) nas áreas de máquinas e equipamentos; borracha e plástico; celulose e papel; alimentos; veículos automotores; informática, produtos eletrônicos e ópticos; farmoquímicos e farmacêuticos e químicos.
O estudo tam~bém se baseou no crescimento acima de 50% da massa salarial de 2007 a 2021 para identificar vocações potenciais (em crescimento) para os próximos anos. Nessa linha, se destacaram produtos farmacêuticos; outros alimentos (panificação, biscoitos, chocolates, massas, especiarias, molhos, temperos e alimentos prontos); bebidas alcoólicas; sabões, detergentes e produtos de limpeza; equipamentos de comunicação; produtos de borracha e máquinas e equipamentos de uso industrial específico.
Em todos os casos, as diretrizes do estudo apontam para a utilização da tecnologia e para a valorização de produtos mais sustentáveis. No caso dos produtos químicos, por exemplo, as diretrizes giram em torno de Incentivar a geração de produtos inovadores, implementar estudos de viabilidade para utilização de energias renováveis e estimular a adoção dos princípios de química verde. A logística reversa, o desenvolvimento de bioplásticos, a aderência a programas de reciclagem também são citadas como diretrizes importantes para a região de Campinas.
Para Cervone, a pandemia de covid-19 trouxe lições importantes ao Brasil como a necessidade de ter uma indústria nacional fortalecida e o compromisso de descentralizar cadeias produtivas, a fim de aumentar a autonomia em casos de crises globais.
“O Rafael apresentou um documento sobre o potencial da região metropolitana de Campinas. São números que muitas prefeituras não têm e que podem ajudar a nortear o desenvolvimento da nossa região”, afirmou o diretor do Ciesp Campinas, José Henrique Toledo Corrêa.
VOCAÇÕES ATUAIS (CONSOLIDADAS)
- Máquinas e equipamentos; Borracha e plástico;
- Celulose e papel;
- Alimentos;
- Veículos automotores;
- Informática, produtos eletrônicos e ópticos;
farmoquímicos e farmacêuticos e químicos;
- Petróleo e combustíveis;VOCACÕES POTENCIAIS (EM CRESCIMENTO)
- Podutos farmacêuticos;
- Outros alimentos;
Bebidas alcoólicas;
- Sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, perfumaria e produtos de higiene pessoal;
- Equipamentos de comunicação; Produtos de borracha
- Máquinas e equipamentos de uso industrial específico
ASSESSORIA DE IMPRENSA DO CIESP
Ricardo Viveiros & Associados Oficina de Comunicação
Adriana Matiuzo PR99 Mtb 4.136